sábado, 25 de dezembro de 2010

Natal das palavras

O Natal perfuma as palavras de luzes e cores
O Natal dá aos homens novos aromas
E nos corações nascem a bondade e a tolerância.
O Natal traz palavras partilhadas no odor das flores
O Natal dá-nos a vantagem de melhorar.
E de olhar o outro com novo olhar.


Feliz Natal aos amigos e também aos que o não são.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

As Palavras são espadas

No verde dos nossos jardins crescem palavras e muitas emoções se elevam como espadas em gritos de vida.

E na sua aparente desordem clamam por uma luz que descreva em arco de felicidade no horizonte.
Como espadas as palavras cortam as emoções.
Como espadas as plantas clamam pessoas
Por crianças e saltos e brincadeiras.
Como espadas elas clamam pela consciência das pessoas.


domingo, 30 de maio de 2010

Retrato chinês


Em aula, os alunos do 7º2 produziram os seguintes textos, seguindo a técnica do retrato chinês:





Se eu fosse um astro, seria uma estrela
Porque iria brilhar
E brilhar
Para a lua encantar.
E andaria à volta dela
E nunca iria parar.
André

Se eu fosse um astro, seria uma estrela
Porque uma estrela é brilhante e bonita.
E seria muito amarela
Para os homens me confundirem com ouro.
E andava pela galáxia visitando as outras estrelas
E seria muito feliz.
Twich

Se eu fosse um astro, seria uma estrela
Porque uma estrela é luminosa e linda.
E gostava de ficar no céu
Para as pessoas me contemplarem.
E andava pelo céu contente.
E seria feliz.
Palhota

Se eu fosse um astro, seria uma estrela
Porque no universo queria viver.
E se fosse astronauta, viajava até à lua
Para concretizar o meu sonho.
E andava de planeta em planeta à procura de um raio de sol
E no fim gritaria bem alto o quanto sou feliz.
July

quarta-feira, 26 de maio de 2010

SERÁ O SIMÃO UM POETA?


A minha amiga e escritora, Graça Alves, publicou o seu primeiro romance: Meu Simão Daquela Tarde.
O livro é um verdadeiro poema.
A apresentação ocorreu ontem à tarde no pavilhão do autor, na feira do Livro do Funchal.






Aconselho a leitura de mais esta pérola da escritora madeirense.
Os livros esgotaram-se logo no dia de ontem.  A editora sete dias  seis noites ficou surpreendida com o facto.
Aqui deixo a imagem de capa.
Aqui deixo um excerto:

“Amanhã é advérbio de esperança. É sempre amanhã que a vida começa direita, num sonho perfeito de sol e alegrias. É amanhã que os sinos voltam a tocar e a convidar para a festa. É amanhã que o tempo vai mudar e a terra vai chupar a chuva que hoje está a cair. É amanhã que se começam os projectos. Amanhã. O meu amanhã és tu. O teu também.“

terça-feira, 11 de maio de 2010

Encontros (im)possíveis

Em aula, os alunos do 6º2 criaram estes textos , seguindo a estratégia "escrever à maneira de... ".
Neste caso à maneira de João Pedro Mésseder :
"O escuro e o silêncio
à esquina se encontraram"

A lua e o rio

Foi assim que aconteceu
quando ela se apaixonou.

O mundo daquele mar quase desabou
o rio, feliz da vida, até desmaiou.

Trocaram olhares
o coração bateu...

E algo aconteceu!
Laurindinha


A lua fala com o rio
o rio fala com a lua.

A lua diz uma piada
o rio ri.

O rio diz uma piada
a lua ri.

A lua pergunta: qual é a piada?
Pauleta


Nas margens do rio
a lua não sente frio.

Quando a lua cantou
o rio a admirou.

A lua parou
e o rio chorou.

Depois um barco se afundou.
Francisco

A lua a iluminar
para todos libertar.

Com o rio a brilhar
com peixes a brincar

a saltar e a nadar
com o mar a empurrar

a lua para o rio a escorregar.
Peitaca

A estrela e o pirilampo

Pirilampo dormindo
um belo sono terá.

Uma pequena estrela
no céu encontrará.

Brincarão a flutuar
pois nos sonhos

Deviam estar.
Teixeirinha

O vento e a janela

O vento e a janela aberta
encontraram-se no 2º andar.

Estavam eles a conversar
quando o vento começou a empurrar.

Não se preocupavam de as pessoas acordar
porque acordar não acordaram.

Só a mim me despertaram.
Afonso

O vento e a janela aberta
no parque se zangaram.

A janela permanecia fechada
e o vento irado estava.

Então a janela aberta ficou
Por isso ela se zangou.

Eu vi tudo...
Ana Luísa


O vento olhou para a janela
e disse:

- Admiro-te por
teres esse ar sensual

mas não te adoro
por teres essa madeira

natural.
Biju

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Ninguém em casa

A Ana e o Carlos acabavam de chegar ao bairro. Passaram a tarde a inspeccionar cuidadosamente o lugar. Uma casa chamou-lhes a atenção. Ficava na esquina da sua rua e ao lado de um prado. Era enorme, cinzenta e tinha um ar misterioso , com as portadas fechadas e o jardim cheio de cardos e ervas daninhas.
- Por que é que não viverá ninguém ali? - perguntou a Ana. - Como seria bonita se alguém cuidasse um pouco dela.
- Vá-se lá saber! - respondeu o Carlos. - Se calhar está enfeitiçada e por isso ninguém lá quer viver.
- Queres ir vê-la melhor, esta noite? - sugeriu a Ana. - Se existirem fantasmas, não podemos deixar de os ver!
O Carlos concordou. Gostava de ter uma irmã assim tão decidida.
Quando caiu a noite, agarraram nas lanternas e aproximaram-se da casa misteriosa. Esconderam-se atrás das grades da entrada, sem perderem de vista as janelas e as portas.
As doze badaladas soaram na torre da igreja e, ao mesmo tempo, as portadas começaram a abrir-se. Primeiro as do andar de cima, depois as do rés-do-chão. Uma luz fraca iluminava uma silhueta...
- Uma coruja! - exclamaram ao mesmo tempo. - Claro, que mais podia ser senão uma mamã coruja a acordar os seus filhos para irem para a escola?

Bina 7º2

A ilustração é um original do Cláudio do 6º1

quinta-feira, 25 de março de 2010

Adivinhas, a Matemática e a Páscoa ;)


Quem sou? (Vítor 8º2)

Sou jogada para dentro do estojo
Muitas como eu
Passam lá a vida

Escrevo e faço
Escrever
Algumas vezes caio
De um dos picos mais alto da sala
E magoo-me
Mas continuo
A trabalhar

Só fico gasta quando
Uma parte de mim deixa de funcionar
Quem serei?
Tão fácil de adivinhar.


Quem sou eu (Emanuel 8º1)

Estou em movimento,
Sou como o mar
Que salta a cantar,
Sou como as nuvens
Que anda de um lado
Para outro no ar

Sou feliz fazendo poemas
Poeta sou cantor
Cantando faço poemas
Sou como o “Pensador”!


A Matemática a brincar (Rúben 8º2)

1…2…3…
Conta outra vez
são crianças a brincar
a rir e a se divertir sem parar
somar é contar
dividir é como repartir

Subtrair a se divertir
multiplicar, toca a cruzar

As equações tão
malandras que são
regras e mais regras
que complicação
mas trocar de membro e
trocar de sinal
é tão simples como
mudar de canal




Um cestinho com ovinhos (Flávio 8º1)

Vi um cesto
Com ovinhos pintadinhos eu vi
O coelhinho entregava-os
Às crianças
Com tranças

Todas as crianças ficavam
Felizes com o coelhinho
Simpático
Coelhinho pequenino


Um cesto para mim (Adriano 8º1)

Vi um cesto no chão
Que tinha um coração
De quem será?
Será para mim?

Ou será que é o amor
Que anda por aí?

Saltita o coelhinho (Rafael 8º1)

Vi um cesto
A beira do mar,
E desse cesto
Saiu um coelhinho a saltar

Saltitava o coelhinho
De toca em toca,
Parecia uma
Bola a saltitar
Estava à procura
De uma cenoura para o jantar!

O coelhinho (Jennifer 8º1)

Saltita o coelhinho
Todo alegre
Pelo campo do Martinho

Saltita o coelhinho
Para alcançar
A sua toca
Cheia de ovinhos

Saltita o coelhinho
Com um cestinho
Cheio de doçura
Para os meninos!


O pequeno coelhinho (Adriano 8º1)

Saltita o coelhinho
Que vem devagarinho
O que terá?
Será bonzinho?
Ou era mauzinho?

Tudo o que ele queria
Era dar um chocolatinho

Os Poetas com Pê Grande (1)

Inspiração (Clarisse 8º2)

Tudo ajuda
a fazer um poema

As músicas que oiço
O ritmo do teu coração
O som das árvores
E o cheirinho do pão

Tudo ajuda

As poesias que leio
As palavras que oiço
E tudo o que vejo

Tudo me inspira
Seja noite, seja dia
O teu sorriso ou o teu dilema

Tudo me ajuda
A escrever um poema


Natureza (Samanta 8º2)

A sombra bate nas árvores
O vento bate nas folhas
As nuvens vêm e vão
Como se tivessem alma
Parecem viver ou não?

Passeio pelas florestas
Vejo o mar que corre em mim
Sinto o ar à minha volta
Como se não tivesse fim
E sinto-me tão feliz!


Palavras (Filipa 8º1)

No mundo onde tudo é proibido
As palavras brincam com o tempo
Não têm medo da verdade
Pois são elas a nossa liberdade
Sem rodeios põem-nos a pensar
Será este o meu lugar ?


Sentir-te (Rosa 8º2)

Hoje bastava-me um carinho
Que fosse dado com alma

Hoje bastava-me um olhar
Desde que fosse doce

Hoje bastava-me um abraço
Que fosse carinhoso

Hoje só queria
Sentir-te
Aqui ao meu pé
Sentir-te como nunca
Senti


Um caminho sem rumo (Sara 8º)

Eu me perdi
nas entranhas de um mundo,
por entre as profundezas do mar eu viajei

eu me perdi nos braços do vento,
eu me salvei na maciez da areia,
as minhas lágrimas eram como um mar de mágoa,
entre as profundezas do mar eu fui sereia.

Eu me encontrei,
Num abraço profundo,
Fui até ondas me quiseram levar,

Eu me perdi no pensamento,
Daqueles momentos vividos
Eu me busquei no vento sem saber voa,
Cansada nos braços dele,
Me deixei levar


Infância (Emanuel 8º1)     
                  
Minha toda infância
Que tive ainda me vem
Que é minha e de mais ninguém!


A Natureza (Sara 8º2)
Os pés que caminham sobre a areia,
A garganta seca e desidratada,
A fonte que me mata a sede.

O sol que queima as folhas das palmeiras,
o vento que me dá asas para voar,
as flores que dão aroma ao meu jardim.

E a frescura dos campos,
é tudo o que a Natureza me dá.

O calor da terra,
A brisa das frutas por entre os pomares,
A beleza da Natureza,
Que encanta quem a vê.


Caminhos (Gisela 8º1)

Leves passeiam as folhas
Levadas pelo vento
Livres voam os pássaros
Num movimento lento

Alegres vamos
De mãos dadas
Por caminhos de encruzilhadas
Como almas penadas



Carícias Guardadas (Mónica 8º1)

Recebo carícias do vento
Do sopro, do movimento

Na floresta são frias
No paraíso são quentes
Carícias leves

Guardei-as numa caixa
Numa caixa segura
Era fria, era escura

Abri,
Voltei a sentir a floresta
A sentir o paraíso

A Arca dos Segredos



Era Verão, o Sol estava escaldante. Eu e os meus amigos estávamos a brincar numa praia de areia, onde o mar era tão transparente que se conseguia ver o fundo.


Brincávamos lá todos os dias, éramos todos muito amigos e contávamos segredos uns aos outros.


Certo dia, estávamos lá a brincar, quando começou a chover. Recolhemo-nos todos dentro de uma casota de madeira que havia na praia.


Estava uma tarde tão aborrecida que decidimos fazer uma arca. Lá na casota fizemos um juramento: todos os nossos segredos seriam guardados dentro daquela arca . Foi então que batizamos a nossa arca como "Arca dos Segredos".




JLSemogs, 7º3

sexta-feira, 12 de março de 2010

Noite

- São horas de ir dormir! É preciso guardar os brinquedos e beber um copo de leite. - disse a avó.- Não e não! - gritou o bebé.
- Anda que te conto uma história. - insistiu a avó.
- Não e não! - gritou com mais força.
- Queres que te cante uma canção?
- Não e não e não!
- Está bem... sabes uma coisa? - disse a avó aborrecida. - Vou para a cama.
E, apagando a luz, pegou no livro e nos óculos e foi para o quarto.
O bebé ficou muito quieto. "Por esta é que eu não esperava." - pensou surpreendido. - "Que escuro! E não se ouve nada!"
E gritou ainda com mais força para que a avó o ouvisse:
-Não e não!
Tudo voltou a ficar em silêncio. A criança abriu bem os olhos , mas não conseguiu ver nada. Pôs as suas mãozitas diante do rosto e também não as viu. "Para onde foram as minhas mãos? E os meus pés? Antes estavam aqui!" Teve vontade de gritar a sua frase preferida, mas ficou pensativo. "A luz aborreceu-se e foi-se embora. A avó foi-se embora! As minhas mãos e os meus pés também não estão aqui..."
De repente, voltou tudo ao normal. A luz, os seus pés e mãos e até a avó que lhe disse carinhosamente:
- Queres que te deite e te conte uma história sobre a noite?- Sim!!! - respondeu o bebé, batendo palmas.

Palhota 7º2